Magic – Shandalar

A ideia inicial do post era tratar dos jogos recentes do Magic, como o “Duel of the Planeswalkers 2012”; mas meu computador é mais temperamental que o Hal-9000 e não deixou o mesmo rodar, então, vamos voltar ao inicio da saga do Magic para Pc o: Magic – Shandalar, ficando o 2012, para ser apresentado posteriormente.

A História

O Shandalar é um jogo realmente antigo,  foi lançado em 1997, algumas fontes citam 28/fevereiro e outras 6/março, na época realmente não lembro como consegui uma cópia do jogo, sei que a primeira vez que joguei foi por volta de 1999, e já contava com expansões. Me recordo também que era possível encontrar cópias do jogo à venda em Encontros de RPG, e, inclusive, em versão em PT-BR. Está longe de ser ruim e até hoje, nas nossas rodinhas com a galera do MTG, alguém sempre comenta que voltou a joga-lo.

O jogo

É subdividido em dois módulos, single player e multiplayer:
No modo single player/”campanha”) o jogo se desenrola em terceira pessoa, seu personagem anda pelas pradarias de um universo chamado Dominária (bem conhecido por quem acompanha os romances que dão origem as cartas de Magic) e os objetivos são simples:
– Conforme você se desloca com seu personagem, encontrará e enfrentará diversos magos conquistando cartas para melhor seu deck e recursos/habilidades para continuar sua jornada.
– Entre em vilas e cidades para solicitar quests. Após concluir a quest, conquistará diversos poderes, mais cartas e recursos para incrementar seu deck. Também poderá  comprar e vendar cartas nas vilas e cidades, tudo isso visando aprimorar seu personagem e seu deck para enfrentar os 5 grandes magos (descrito abaixo).
– Existem 5 grandes magos (representando as 5 cores de mana), todos vivem em castelos e que querem conquistar para si Do domínio total de Dominária. Quando um mago conquista 5 vilas/cidades o jogo acaba para você, desta forma sua função é libertar as vilas/cidades atacadas do julgo destes 5 magos.
– Seu objetivo maior neste módulo de jogo é entrar no castelo dos grandes magos e derrota-los um a um, salvando o plano de Dominária. Este módulo de jogo, por sua vez, tem 4 níveis de dificuldade, o que garante desafios maiores, mesmo para jogadores mais experientes.

Alem disso, no modo single player, tem um módulo “manual” (sem personagens e campanhas) denominado “Duel”. Nele é possível selecionar dois decks diferentes (ou montar um deck sem restrições) e duelar contra a AI.
Não tem muito mais o que dizer do Shandalar no single player. O módulo é muito intuitivo e com 10 minutos, você já compreenderá todo o cenário.

Já o modo multiplayer, lançado posteriormente como uma atualização, foi denominado “Mana Link”. Com ele foi aberta a possibilidade de usar a interface do “Duel” em combates com oponentes na internet. Alem disso, abriu possibilidade de jogar torneios selados mata-mata usando decks de unlimited, revised, 4ª edição, quinta, além de boosters de legends, antiquities e etc. É necessário lembrar que as edições inclusas em Shandalar (multi e single player) são limitadas (no original) incluindo: 4th Edição, Unlimited, Antiquities, Legends, Arabian Nights, The Dark e outras que foram criadas para o próprio jogo que utiliza efeitos aleatórios (expansão digital denominada “Astral”).

Em 1998 foram criadas duas expansões (Spells Of The Ancients e Duels of the Planeswalker) que adicionam mais algumas cartas e efeitos. A fabricante parou o desenvolvimento e atualizações logo após a segunda expansão, descontinuando a publicação e venda do jogo em seguida. Ainda assim, em meados de 2008, um grupo de jogadores investiu tempo e conhecimento técnico conseguindo quebrar a programação (que a essa altura ja estava obsoleta de qualquer forma). Desta forma, criaram cartas que foram gradativamente incorporadas ao jogo em um Mod (link ao final do post), estas cartas podem ser podendo ser usadas no multiplayer (Mana Link).

Em resumo, os duelos (no single e no multiplayer) contam com uma excelente interface, que pode dar uma boa noção da sistemática do jogo real, as habilidades e a pilha, sobretudo para os jogadores mais novos (se não fosse pelo Shandalar acho que jamais conseguiria entender Banding 🙂 ).

Quanto a história da “inteligência artificial” não a conheço a fundo, mas sempre achei que os magos e desafiantes de Shandalar tinham uma excelente noção de jogo, mas lógico que, depois de um tempo, você vê padrões nas jogadas e o jogo ficará cada vez mais tranquilo, ajudado também pelo constante aperfeiçoar de seu deck.

Para fechar, Shandalar é algo que eu recomendo e muito, pois depois que você o conhece sempre dará vontade de jogar (mesmo que de tempos em tempos). Não espere gráficos de XBox, afinal, como já disse, é um jogo de 1997. Mas a jogabilidade é muito interessante, ainda nos dias de hoje.

Fontes:
http://gaming.wikia.com/wiki/Magic:_The_Gathering_%28Shandalar%29
http://en.wikipedia.org/wiki/Magic:_The_Gathering_%28MicroProse%29
http://www.slightlymagic.net/forum/viewforum.php?f=74

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